16 de dezembro de 2010
(...)
16 de novembro de 2010
Cem por cento cinzas.

27 de outubro de 2010
8 de outubro de 2010

Dói muito ser assim. Depois de chorar uma alma de lágrimas, ela sorri, porque, afinal, sempre tem alguém pior. Espero que Deus a perdoe e que ela também possa se perdoar, por saber de tanto consolo e ainda sim desabar.
27 de setembro de 2010
Nobody's home --
15 de setembro de 2010
Tudo bem.

Tento te encontrar, tanto pra dizer: meu amor, tudo bem. (8)
- Há muito tempo me ensinaram a primeira regrar do amor, mas me perdoe se às vezes esqueço.
O amor é mão única, menina.
Estou aprendendo a amar sozinha. Parece triste, eu sei, não é, porém. Apenas descarto todo o excesso no relacionamento que muitas vezes é inútil. Possesividade, controle e todo o lixo do exclusivo. Perdi o físico, eu sei, mas quem sou eu para exigir isso? Eu, que acredito tanto na profundidade da alma, na potencialidade dos fluidos, me preocupando com toques? Não mais. Emano um amor tão simples, verdadeiro e só. Assim me sinto amando, envio a parte verdadeira e valiosa de mim a você. Vejo-me mais liberta quando percebo que você não conhece realmente os fatos, pois sei que não lhe contar é meu modo de dizer que não exigo nada em troca. Quanto mais lapido as minhas emoções para fazê-lo feliz, mais me realizo. Ao vê-lo bem, me sinto incrustada em você. Seu sorriso é a prova viva de nós dois.
Ah, tem algo que eu não lhe disse ainda: obrigada.
12 de setembro de 2010
1 de julho de 2010
12 de junho de 2010
"No começo era só o seu capricho
(...)
Desculpa se eu não rio, se levo tão a sério. Quando te olho, eu tremo, me perdi no seu encanto e o meu coração dói tanto quando eu te falo tão emocionado que eu estou apaixonado."
Eu sei o quão é clichê dizer que quero o seu calor, então direi: quero seu morno, seu gelo, tanto faz, quero você. Essa não é mais uma tentativa vil para expressar a minha felicidade de esbarrar mesmo no menor fio de cabelo seu (desencanei de tentar tornar o impossível em algo plausível), essa é a desistência do meu desejo de ser misterioso. Cansei! Deixo a verdade escancarada; sei que ou sua percepção é escassa ou a minha, e é por isso que quero todas as coisas diretas, retas. Fale! Porque se você vier, te espero, nem que venha de tartaruga, porém se não vier me diga logo, arrumarei as malas, partirei, deixarei seu jantar na geladeira e o prato do dia será: meu coração.

Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
meu pecado de pensar.
Clarice Lispector
(1920-1977)
Mundo de loucos! Há quem duvide?

Aceleração. Simultaneidade. Conexão. Paradoxo. Incerteza. Bipolar. Palco. Introspecção. Amanhecer. Sorriso. Entendarcer. Reflexão. Vento. Procura. Madrugada. Ifinitude. Hoje. Decepção. Amargo. Mutilação. Vazio. Choro. Freio. Amanhã. Luz. Futuro. Esperança . Sorriso. Mão. Ciclo. Aceleração. Vida. Desacelareção. Fim.
Só quero manter o equilíbrio em meio ao caos.
25 de abril de 2010
Luz do século - Chico Xavier

Filho do humilde e inculto operário João Cândido Xavier e da lavadeira Maria João de Deus, Francisco Cândido Xavier, ou melhor, Francisco de Paula Cândido que era seu verdadeiro nome de batismo nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do estado de Minas Gerais, no dia 2 de Abril de 1910 e ficou notabilizado como Chico Xavier, o maior médium do Século XX e o maior psicógrafo de todos os tempos.
Cinebiografia de médium tem atuações admiráveis e firma Daniel Filho como
principal artesão do cinema nacional hoje.
Inácio Araujo / Crítico da Folha
Sobre Chico Xavier sempre pesou a sombra da fraude. E esse é, agora, o princípio que unifica a narrativa de “Chico Xavier” e permite ao filme transitar de sua infância à velhice sem perder o fio da meada. As ressonâncias de tal personagem são imensas. À hipótese de fraude responde, de maneira simétrica, a de um mandato divino, inexplicável senão àqueles que têm fé.
De certo modo é a história de Cristo que se revive ali: aquele homem cura, é milagroso, mas só o povo humilde (sem acesso à medicina tradicional) é capaz de compreendê-lo e aceitá-lo. Letrados e outros religiosos acham que tudo é obra da ignorância ou do Diabo. Foi justamente por escapar à apreensão racional, no entanto, que Chico Xavier acabou se tornando um dos personagens mais marcantes do imaginário brasileiro no século 20. Desde que tratado de maneira adequada, tinha tudo para ser o imenso sucesso cinematográfico que desde já se anuncia (“Bezerra de Menezes”, produzido com migalhas e lançado quase secretamente, tornou-se um fenômeno de público). Por tratamento adequado entenda-se, primeiro, respeito e adesão ao personagem, mas não submissão prévia. É pelo principal “subplot” do filme, aliás, que se desenvolve a tensão entre crença e ceticismo.