31 de maio de 2011
2 de maio de 2011
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Quem explica esse medo do desapego que ela possui??
Vivia reclamando que a vida não lhe era muito justa, que não reconheciam seu valor. Coitada, era responsável por todo mal na própria vida.
Sempre, de modo consciente, fazia as escolhas erradas. Percebia pelos sinais que as entrelinhas davam que aquela história não haveria de ser o seu conto de fadas com final feliz. O encontro dos olhares, o encaixe do corpo, tudo fora tão mágico. Como poderia não querer reviver?
Sem sucesso, acumulava frustrações e sua pouca percepção ofuscava o real significado desses segundos maravilhosos. São esses instantes que comprovam o quanto a espera é válida e o quão é importante sempre ter esperança.
Depois de sofrer um tanto, aprendera que um dia ela será sim a princesa, que viverá in ten sa men te o seu conto de fadas. A lição crucial, entretanto, fora que a vida não é formada de uma história una e que mesmo sem um final esplendoroso ela poderá sim ter sido muito feliz e o seu pior erro seria não se entregar novamente.
Desapegar-se é uma tarefa árdua, mas lembre-se: a felicidade não se incomodará se abusares mais de uma vez dela! ;)
27 de abril de 2011

4 de fevereiro de 2011
RE-começo

A maioria dos sofrimentos que nos atinge é sim obra nossa e coube a nós evitá-los, mas como mortais, cegos às coisas mais simples, não percebemos que a faca que nos fere saiu da nossa cozinha. Detesto perceber que saí da trajetória que chamo de minha. Só percebo quanto traí a mim, quando sinto vergonha das impressões que deixei. Os outros irão nos julgar pelas nossas últimas atitudes. Isto é normal, eu sei.
- Ah, mas essa é você, Thaís. Você é assim Sempre cheia de vida, com um gurizinho diferente ao lado.
- Não, essa não sou eu. Isso é o resultado das inconseqüentes ações dos últimos anos.Como eu espero que tenham uma distinta opinião sobre minha personalidade, se é apenas isso que mostro às pessoas? Mais vazia e fútil é impossível. Só tudo que mais reprimo.
Vejo-me em cima do muro apoiada em apenas um pé, a queda para um dos lados é inevitável e meu equilíbrio está se exaurindo. Ao mesmo tempo em que reconheço a beleza dos acontecimentos repentinos, almejo a rara sinceridade das relações profundas. Devo desculpas àqueles que adoravam o meu jeito é 'agora ou nunca' de viver, essa Thaís necessita partir, porém. Não quero parecer mais inteira que ninguém, nem mais verdadeira, nem mais sofredora. Quero só sentir o intenso len ta men te. Em carne viva, assim que gosto. Se eu me encontrar e vê que pareço comigo, estarei feliz.
Um leve desabafo, para a revolta de alguns; para a surpresa de outros:
Eu gosto de tomar um cappuccino no fim de tarde, mas nada substituí o nescauzinho na caixinha pela manhã. Sou louca por dramas, mas também adoro filmes de ação. Minha preferência é por músicas leves, entretanto, se estiver triste escuto até parangolé, para espantar a tristeza. Sonho em receber um buquê lindo, um urso do meu tamanho, um abraço que me acolha dos pés a cabeça e um beijo que me faça querer acordar todos os dias ao lado da mesma pessoa.
'E foi então que percebi como te quero tanto (...)'

Uma inquietação terrível que transpor as palavras para o papel é uma frágil tentativa de acalmar essa tormenta.
Amo com sinceridade e só.