22 de setembro de 2008

- CJ


- Queria ser única, queria deixar as minhas lembranças na tua vida, mas se o que eu sou te lembra um outro alguém que te faz feliz, serei somente eu.


Não sei da tua jornada, não sei do teu ser errante, sei apenas murmúrios sobre o que guardas nessa fonte. Esse quê de mistério, que exala de ti, é combustível para o meu desejo de mergulhar no teu infinito e de forma passional aceitar que não cabe a mim desvendar o teu segredo. Sigo, sem melancolia, sem discernimento, guardando teu sabor e o teu jeito indesconhecido, que aceitei deixá-lo assim para guardar em mim do jeito que eu quiser.

O movimento de rotação é certo, e se em uma dessas manhãs você perceber quem você deixou ir, me procure e me ceda um pouco mais do teu sabor, mas nunca, nunca deixe que eu decifre os teus códigos, pois não quero mais um coração, quero unicamente as tuas imagens e sensações imaginárias que me deixam alucinadas por cogitar de podê-las encontrar em ti.

P.s: Eu posso ser o que você quer, mas não me descubra, me alimente.


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