20 de março de 2008

Carta para um amor quase platônico!

Caramba, porque você me julga assim? Me faz parecer tão infantil quanto louca, mas aí se você soubesse que pelo fato desse sentimento ser tão grandioso e tão raro pra mim, eu me sinto mais infantil e mais louca do que em qualquer pensamento seu.
Não, eu não soube administrar esse sentimento, muito menos expressar. Eu o fantasiei de paixão e fui pro carnaval só pra ver se te encontrava, mas aí eu fui fantasiada querendo encontrar o real. Então, quando eu percebi que cometi o primeiro erro de nós, você já havia cometido o segundo e eu fiquei impossibilitada de voltar atrás. É a lei da física, toda ação gera uma reação.
É meu amor, que passado sombrio em tão pouco tempo e o incrível é que vivemos isso tudo com o mesmo sorriso, como se fosse o primeiro dia que nos conhecemos. Eu sabia que havia segredos entre nós, mas só o que me interessava era aproveitar cada fração de segundo que passara ao seu lado e assim, fui deixando uma felicidade desconhecida acelerar meu coração, dando nítidos sinais de que havia encontrado o pedaço que faltava em mim.
Começa então outra luta: a paixão Vs. amor. A paixão movida pelo desejo, pela posse; o amor movido pelo sentir, pelo sonhar. Estes por mais parecidos que sejam, por mais que suas conseqüências sejam praticamente as mesmas, são inconfundivelmente distintos, não sei bem como e nem pelo que, mas sei que são inigualáveis.
Aprendi então que sentir atravessa todas as barreiras do sistema nervoso e que te amar me fazia entrar em transe: eu me desligava do mundo e viajava nesse teu misterioso olhar, pedindo a Deus para que ele me ajudasse a desvendar tais mistérios.
Pouco tempo pra sentir isso? Eu gostei de você, da sua personalidade, de como você faz eu me sentir, não do tempo, nem da nossa história. Por mais inconseqüente que seja, é real e eu quero manter isso pra sempre. Pra não acabar, melhor nem começar, é o preço pra ter essa sensação, essa lembrança e você dentro de mim. Eu sei que um dia as coisas vão mudar, mas eu sempre vou lembrar do quanto gostei dessa vontade de parar no tempo e embrulhar o mundo de presente pra você. Se eu pudesse, sentiria isso pra sempre, mas sei que tanto amor não é pra mim.

Nenhum comentário: