3 de março de 2008

Paradoxo.


Nesses anos de convivência comigo, eu pude constatar uma coisa, eu sou estranha, ou então acho que sou má compreendida por mim mesmo. Dias como estes, os dias que escrevo, são os dias que eu prefiro me desligar do mundo, fingir que toda essa atmosfera que me cerca não existe. Parece que eu escolho os dias que eu quero ficar no meu mundo, deixando os detalhes passarem. Coisas pequenas passam por mim como fossem nada, existe apenas um ponto fixo na minha mente, eu, atitude egocêntrica, narcisista, eu sei.
Não sei como controlar os invernos em mim, mas faço o gelo derreter a hora que quiser. Falta achar no meu interior algo que me dê aquela vontade de viver, aquela vontade de lutar pela minha vida, não é um desdém voluntário pelo ato de viver, mas é alguma parte importante de mim que hiberna nesses frios e árduos invernos que crio. Psiquismo estranho. Eu não consigo controlar esse infindável desejo de me perder, esse desejo de ser uma Thaís diferente a cada dia.

Tem dias que eu quero paz, tem dias que eu enfrento a guerra, tem dias que eu sou sensível, tem dias que eu sou um tornado, tem dias que eu amor, tem dias que eu quero curtir, tem dias que eu escondo, disfarço, tem dias que eu solto tudo.
Eu sou uma lua querendo ser constante, mas se a lua fosse constante não poderíamos admirar a beleza das diferentes fases.
"Você acha que não tá legal, corre todos os perigos, perde os sentidos, você passa mal.."

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